(ESCOLA NAVAL - 2017) Leia o texto abaixo e responda (s) questo(es) a seguir. O dono do livro Li outro dia um fato real narrado pelo escritor moambicano Mia Couto. Ele disse que certa vez chegou em casa no fim do dia, j havia anoitecido, quando um garoto humilde de 16 anos o esperava sentado no muro. O garoto estava com um dos braos para trs, o que perturbou o escritor, que imaginou que pudesse ser assaltado. Mas logo o menino mostrou o que tinha em mos: um livro do prprio Mia Couto. Esse livro seu? perguntou o menino. Sim, respondeu o escritor. Vim devolver. O garoto explicou que horas antes estava na rua quando viu uma moa com aquele livro nas mos, cuja capa trazia a foto do autor. O garoto reconheceu Mia Couto pelas fotos que j havia visto em jornais. Ento perguntou para a moa: Esse livro do Mia Couto? Ela respondeu: . E o garoto mais que ligeiro tirou o livro das mos dela e correu para a casa do escritor para fazer a boa ao de devolver a obra ao verdadeiro dono. Uma histria assim pode acontecer em qualquer pas habitado por pessoas que ainda no estejam familiarizadas com os livros aqui no Brasil, inclusive. De quem o livro? A resposta no a mesma de quando se pergunta: Quem escreveu o livro?. O autor quem escreve, mas o livro quem l, e isso de uma forma muito mais abrangente do que o conceito de propriedade privada comprei, meu. O livro de quem l mesmo quando foi retirado de uma biblioteca, mesmo que seja emprestado, mesmo que tenha sido encontrado num banco de praa. O livro de quem tem acesso s suas pginas e atravs delas consegue imaginas os personagens, os cenrios, a voz e o jeito com que se movimentam. So do leitor as sensaes provocadas, a tristeza, a euforia, o medo, o espanto, tudo que transmitido pelo autor, mas que reflete em quem l de uma forma muito pessoal. do leitor o prazer. do leitor a identificao. do leitor o aprendizado. o leitor o livro. Dias atrs gravei um comercial de rdio em prol do Instituto Estadual do Livro em que falo aos leitores exatamente isso: os meus livros so os seus livros. E so, de fato. No existe livro sem leitor. No existe. um objeto fantasma que no serve para nada. Aquele garoto de Moambique no v assim. Para ele, o livro de quem traz o nome estampado na capa, como se isso sinalizasse o direito de posse. No tem ideia de como se d o processo todo, possivelmente nunca entrou numa livraria, nem sabe o que tiragem. Mas, em seu desengano, teve a gentileza de tentar colocar as coisas em seu devido lugar, mesmo que para isso tenha roubado o livro de uma garota sem perceber. Ela era a dona do livro. E deve ter ficado estupefata. Um f do Mia Couto afanou seu exemplar. No levou o celular, a carteira, s quis o livro. Um danado de uma amante da literatura, deve ter pensado ela. Assim so as histrias escritas tambm pela vida, interpretadas a seu modo por cada dono. Martha Medeiros.Jornal ZERO HORA 06/11/11. Revista O Globo, 25 de novembro de 2012. Marque a opo em que a palavra estupefata (10 pargrafo) foi substituda por outra de mesmo valor semntico.
(ESCOLA NAVAL - 2017) Encontros e Desencontros Hoje, jantando num pequeno restaurante aqui perto de casa, pude presenciar, ao vivo, uma cena que j me tinham descrito. Um casal de meia idade se senta mesa vizinha da minha. Feitos os pedidos ao garom, o homem, bem depressinha, tira o celular do bolso, e no mais o deixa, a merecer sua ateno exclusiva. A mulher, certamente de saber feito, no se faz de rogada e apanha um livro que trazia junto bolsa. Comea a l-lo a partir da pgina assinalada por um marcador. Espichando o meu pescoo inconveniente (nem tanto, afinal as mesas eram coladinhas) deu para ver que era uma obra da Martha Medeiros. Desse modo, os dois iam usufruindo suas gulodices, sem comentrios, com algumas reaes dele, rindo com ele mesmo com postagens que certamente ocorriam em seu celular. At dois estranhos, postos nessa situao, talvez acabassem por falar alguma coisa. Pensei: devem estar juntos h algum tempo, sem ter mais o que conversar. Cada um sabia tudo do outro, nada a acrescentar, nada de novo ou surpreendente. E assim caminhava, decerto, a vida daquele casal. O que me choca, mesmo observando esta situao, como outras que o dia a dia me oferece, a ausncia de conversa. Sem conversa eu no vivo, sem sua fora agregadora para trocar ideias, para convencer ou ser convencido pelo outro, para manifestar humor, para desabafar sobre o que angustia a alma, em suma, para falar e para ouvir. A conversa no a base da terapia? Sei no, mas, atualmente, contar com um amigo para jogar conversa fora ou para confessar aquele temor que lhe est roubando o sossego talvez no seja fcil. O tempo tambm, nesta vida corre-corre, tem l outras prioridades. Mia Couto contundente: Nunca o nosso mundo teve ao seu dispor tanta comunicao. E nunca foi to dramtica a nossa solido. At se fala muito, mas ouvir o outro? Falo de conversas entre pessoas no mundo real. Vive-se hoje, parece, mais no mundo digital. Nele, at que se conversa muito; porm, to diferente, mesmo quando um est vendo o outro. O compartilhamento do mesmo espao, diria, que nos proporciona a abrangncia do outro, a captao do seu respirar, as batidas de seu corao, o seu cheiro, o seu humor... Desse dilogo que tanta gente est sentindo falta. At por telefone as pessoas conversam, atualmente, bem menos. Pelo WhatsApp fica mais fcil, alega-se. Rapidinho, rapidinho. Mas e a conversa? Conversa-se, sim, replicam. Ser? Ou se trocam algumas palavras? Quando falo em conversa, refiro-me quelas que se esticam, sem tempo marcado, sem caminho reto, a pularem de assunto em assunto. O WhatsApp de graa, proclamam. Talvez um argumento que pode ser robusto, como se diz hoje, a favor da utilizao desse instrumento moderno. Mas ser apenas por isso? Um amigo me lembra: no WhatsApp se trocam mensagens por escrito. Eu sei. Entretanto, lngua escrita um outra modalidade, outro modo de ativar a linguagem, a comear pela no copresena fsica dos interlocutores. No telefone, no h essa copresena fsica, mas esse meio de comunicao no impeditivo de falante e ouvinte, a cada passo, trocarem de papis e at mesmo de falarem ao mesmo tempo, configurando, pois, caractersticas prprias da modalidade oral. Contudo, no se respira o mesmo ar, ainda que j se possa ver o outro. As pessoas passaram a valer-se menos do telefone, e as conversas tambm vo, por isso, tornando-se menos frequentes. Gosto, mesmo, de conversas, de preferncia com poucos companheiros, sem pauta, sem temas censurados, sem se ter de esmerar na linguagem. Conversa sem compromisso, a no ser o de evitar a chatice. Com suas contundncias, conflitos de opinies e momentos de solidariedade. Conversa que vida, que retrata a vida no seu dia a dia. No grupo maior, h de tudo: o louco, o filsofo, o depressivo, o conquistador de garganta, o saudosista... Nem sempre, verdade, estou motivado para participar desses grupos. Porm, passado um tempo, a saudade me bate. Aqueles bate-papos intimistas com um amigo tantas afinidades, merecedores que nos tornamos da confiana um do outro, esses no tm nada igual. A apreenso abrangente do amigo, de seu psiquismo, dos seus sentimentos, das dificuldades mais ntimas por que passa, faz-no sentir, fortemente, a nossa natureza humana, a maior valia da vida. Esses momentos vo se tornando, assim me parece, uma cena menos habitual nestes tempos digitais. A pressa, os problemas a se multiplicarem, as tarefas a se diversificarem, como encontrar uma brecha para aquela conversa, que entrega, confiana, despojamento? Conversa que exige respeito: um local calminho, sem gritos, vozes esganiadas, garons serenos. Sim, umas tulipas estourando de geladas e uns tira-gostos de nosso paladar a exigirem nova pedida. No queria perder esses encontros. Afinal, a vida est passando to depressa... Adaptado de: UCHOA, Carlos Eduardo. Disponvel em: http://carloseduardouchoa.com.br/blog/. A concordncia do termo destacado em Um casal de meia idade se senta mesa vizinha da minha. (1 pargrafo) est de acordo com a norma-padro da lngua. Em que opo tal fato tambm ocorre?
(Esc. Naval 2017) Analise a figura a seguir. As cargas pontuais Q1 = +q0 e Q2 = -q0 esto equidistantes da carga Q3 , que tambm possui mdulo igual a q0 , mas seu sinal desconhecido. A carga Q3 est fixada no ponto P sobre o eixo y, conforme indica a figura acima. Considerando D = 2,0 m e kq02 = 10 N.m2 (k a constante eletrosttica), qual a expresso do mdulo da fora eltrica resultante em Q3, em newtons, e em funo de y?
(ESCOLA NAVAL - 2017) Mark the INCORRECT option according to the Genitive Case.
(Esc. Naval 2017) Sejam fe gfunes reais dadas por e.Calcule o valor da integral em que ,, e o perodo da funo ge marque a opo correta.
(ESCOLA NAVAL - 2017) Encontros e Desencontros Hoje, jantando num pequeno restaurante aqui perto de casa, pude presenciar, ao vivo, uma cena que j me tinham descrito. Um casal de meia idade se senta mesa vizinha da minha. Feitos os pedidos ao garom, o homem, bem depressinha, tira o celular do bolso, e no mais o deixa, a merecer sua ateno exclusiva. A mulher, certamente de saber feito, no se faz de rogada e apanha um livro que trazia junto bolsa. Comea a l-lo a partir da pgina assinalada por um marcador. Espichando o meu pescoo inconveniente (nem tanto, afinal as mesas eram coladinhas) deu para ver que era uma obra da Martha Medeiros. Desse modo, os dois iam usufruindo suas gulodices, sem comentrios, com algumas reaes dele, rindo com ele mesmo com postagens que certamente ocorriam em seu celular. At dois estranhos, postos nessa situao, talvez acabassem por falar alguma coisa. Pensei: devem estar juntos h algum tempo, sem ter mais o que conversar. Cada um sabia tudo do outro, nada a acrescentar, nada de novo ou surpreendente. E assim caminhava, decerto, a vida daquele casal. O que me choca, mesmo observando esta situao, como outras que o dia a dia me oferece, a ausncia de conversa. Sem conversa eu no vivo, sem sua fora agregadora para trocar ideias, para convencer ou ser convencido pelo outro, para manifestar humor, para desabafar sobre o que angustia a alma, em suma, para falar e para ouvir. A conversa no a base da terapia? Sei no, mas, atualmente, contar com um amigo para jogar conversa fora ou para confessar aquele temor que lhe est roubando o sossego talvez no seja fcil. O tempo tambm, nesta vida corre-corre, tem l outras prioridades. Mia Couto contundente: Nunca o nosso mundo teve ao seu dispor tanta comunicao. E nunca foi to dramtica a nossa solido. At se fala muito, mas ouvir o outro? Falo de conversas entre pessoas no mundo real. Vive-se hoje, parece, mais no mundo digital. Nele, at que se conversa muito; porm, to diferente, mesmo quando um est vendo o outro. O compartilhamento do mesmo espao, diria, que nos proporciona a abrangncia do outro, a captao do seu respirar, as batidas de seu corao, o seu cheiro, o seu humor... Desse dilogo que tanta gente est sentindo falta. At por telefone as pessoas conversam, atualmente, bem menos. Pelo WhatsApp fica mais fcil, alega-se. Rapidinho, rapidinho. Mas e a conversa? Conversa-se, sim, replicam. Ser? Ou se trocam algumas palavras? Quando falo em conversa, refiro-me quelas que se esticam, sem tempo marcado, sem caminho reto, a pularem de assunto em assunto. O WhatsApp de graa, proclamam. Talvez um argumento que pode ser robusto, como se diz hoje, a favor da utilizao desse instrumento moderno. Mas ser apenas por isso? Um amigo me lembra: no WhatsApp se trocam mensagens por escrito. Eu sei. Entretanto, lngua escrita um outra modalidade, outro modo de ativar a linguagem, a comear pela no copresena fsica dos interlocutores. No telefone, no h essa copresena fsica, mas esse meio de comunicao no impeditivo de falante e ouvinte, a cada passo, trocarem de papis e at mesmo de falarem ao mesmo tempo, configurando, pois, caractersticas prprias da modalidade oral. Contudo, no se respira o mesmo ar, ainda que j se possa ver o outro. As pessoas passaram a valer-se menos do telefone, e as conversas tambm vo, por isso, tornando-se menos frequentes. Gosto, mesmo, de conversas, de preferncia com poucos companheiros, sem pauta, sem temas censurados, sem se ter de esmerar na linguagem. Conversa sem compromisso, a no ser o de evitar a chatice. Com suas contundncias, conflitos de opinies e momentos de solidariedade. Conversa que vida, que retrata a vida no seu dia a dia. No grupo maior, h de tudo: o louco, o filsofo, o depressivo, o conquistador de garganta, o saudosista... Nem sempre, verdade, estou motivado para participar desses grupos. Porm, passado um tempo, a saudade me bate. Aqueles bate-papos intimistas com um amigo tantas afinidades, merecedores que nos tornamos da confiana um do outro, esses no tm nada igual. A apreenso abrangente do amigo, de seu psiquismo, dos seus sentimentos, das dificuldades mais ntimas por que passa, faz-no sentir, fortemente, a nossa natureza humana, a maior valia da vida. Esses momentos vo se tornando, assim me parece, uma cena menos habitual nestes tempos digitais. A pressa, os problemas a se multiplicarem, as tarefas a se diversificarem, como encontrar uma brecha para aquela conversa, que entrega, confiana, despojamento? Conversa que exige respeito: um local calminho, sem gritos, vozes esganiadas, garons serenos. Sim, umas tulipas estourando de geladas e uns tira-gostos de nosso paladar a exigirem nova pedida. No queria perder esses encontros. Afinal, a vida est passando to depressa... Adaptado de: UCHOA, Carlos Eduardo. Disponvel em: http://carloseduardouchoa.com.br/blog/. Em qual opo o termo destacado exerce o mesmo papel sinttico que No grupo maior, h de tudo: o louco, o filsofo, o conquistador de garganta, o saudosista... (6 pargrafo)?
(ESC. NAVAL - 2016) Laivos de memria ... e quando tiverem chegado, vitoriosamente, ao fim dessa primeira etapa, mais ainda se convencero de que abraaram uma carreira difcil, rdua, cheia de sacrifcios, mas til, nobre e, sobretudo bela. (NOSSA VOGA, Escola Naval, Ilha de Villegagnon, 1964) H quase 50 anos, experimentei um misto de angstia, tristeza e ansiedade que meu jovem corao de adolescente soube suportar com bravura. Naquela ocasio, despedia-me dos amigos de infncia e da famlia e deixava para trs buclica cidadezinha da regio serrana fluminense. A motivao que me levava a abandonar gentes e coisas to caras era, naquele momento, suficientemente forte para respaldar a deciso tomada de dar novos rumos minha vida. Meu mundo de ento se tornara pequeno demais para as minhas aspiraes. Meus desejos e sonhos projetavam horizontes que iam muito alm das montanhas que circundam minha terra natal. Como resistir seduo e ao fascnio que a vida no mar desperta nos coraes dos jovens? Havia, portanto, uma convico: aquelas despedidas, ainda que dolorosas e despedidas so sempre dolorosas no seriam certamente em vo. No tinha dvidas de que os sonhos que acalentavam meu corao pouco a pouco iriam se converter em realidade. Em maro de 1962, desembarcvamos do Aviso Rio das Contas na ponte de atracao do Colgio Naval, como integrantes de mais uma Turma desse tradicional estabelecimento de ensino da Marinha do Brasil. Ainda que a ansiedade persistisse oprimindo o peito dos novos e orgulhosos Alunos do Colgio Naval, no posso negar que a tristeza, que antes havia ocupado espao em nossos coraes, era naquele momento substituda pelo contentamento peculiar dos vitoriosos. E o sentimento de perda, experimentado por ocasio das despedidas, provara-se equivocado: s nossas caras famlias de origem agregava-se uma nova, a Famlia Naval, composta pelos recm-chegados companheiros; e s respectivas cidades de nascimento, como a minha buclica Bom Jardim, juntava-se, naquele instante, a bela e graciosa enseada Batista das Neves em Angra dos Reis, como mais tarde se agregaria histrica Villegagnon em meio sublime baa de Guanabara. Ao todo foram seis anos de companheirismo e feliz convivncia, tanto no Colgio como na Escola Naval. Seis anos de aprendizagem cientfica, humanstica e, sobretudo, militar-naval. Seis anos entremeados de aulas, festivais de provas, prticas esportivas, remo, vela, cabo de guerra, navegao, marinharia, ordem-unida, atividades extraclasses, recreativas, culturais e sociais, que deixaram marcas indelveis. Estes e tantos outros smbolos, objetos e acontecimentos passados desfilam hoje, deliciosa e inexoravelmente distantes, em meio a saudosos devaneios. Ainda como alunos do Colgio Naval, os contatos preliminares com a vida de bordo e as primeiras idas para o mar a razo de ser da carreira naval. Como Aspirantes, derrotas mais longas e as primeiras descobertas: Santos, Salvador, Recife e Fortaleza! Fechando o ciclo das Viagens de Instruo, o to sonhado embarque no Navio-Escola. Viagem maravilhosa! Ns, da Turma Mguens, Guardas-Marinha de 1967, tivemos a oportunidade mpar e rara de participar de um cruzeiro ao redor do mundo em 1968: a Quinta Circum-navegao da Marinha Brasileira. Aps o regresso, as platinas de Segundo-Tenente, o primeiro embarque efetivo e o verdadeiro incio da vida profissional no meu caso, a bordo do cruzador Tamandar, o inesquecvel C-12. Era a inevitvel separao da Turma do CN-62/63 e da EM-64/67. Novamente um misto de satisfao e ansiedade tomou conta do corao, agora do jovem Tenente, ao se apresentar para servir a bordo de um navio de nossa Esquadra. Aps proveitosos, mas descontrados estgios de instruo como Aspirante e Guarda-Marinha, quando as responsabilidades eram restritas a compromissos curriculares, as platinas de Oficial comeariam, finalmente, a pesar forte em nossos ombros. Sobre essa transio do status de Guarda-Marinha para Tenente, o notvel escritor-marinheiro Gasto Penalva escrevera com muita propriedade: ... a fase inesquecvel de nosso ofcio. Coincide exatamente com a adolescncia, primavera da vida. Tudo so flores e iluses... Depois comeam a despontar as responsabilidades, as agruras de novos cargos, o acmulo de deveres novos. E esses novos cargos e deveres novos, que foram se multiplicando a bordo de velhos e saudosos navios, deixariam agradveis e duradouras lembranas em nossa memria. Com o passar dos tempos, inmeros Conveses e Praa d Armas, hoje saudosas, foram se incorporando ao acervo profissional-afetivo de cada um dos integrantes daquela Turma de Guardas-Marinha de 1967. Ah! Como gratificante, ainda que melanclico, repassar tantas lembranas, tantos termos expressivos, tanta gria maruja, tantas tradies, fainas e eventos to intensamente vividos a bordo de inesquecveis e saudosos navios... E as viagens foram se multiplicando ao longo de bem aproveitados anos de embarque, de centenas de dias de mar e de milhares de milhas navegadas em alto mar, singrando as extensas massas lquidas que formam os grandes oceanos, ou ao longo das guas costeiras que banham os recortados litorais, com passagens, visitas e arribadas em um sem-nmero de enseadas, baas, barras, angras, estreitos, furos e canais espalhados pelos quatro cantos do mundo, percorridos nem sempre com mares bonanosos e ventos tranquilos e favorveis. Inmeros foram tambm os portos e cidades visitadas, no s no Brasil como no exterior, o que sempre nos proporciona inestimveis e valiosos conhecimentos, principalmente graas ao contato com povos diferentes e at mesmo de culturas exticas e hbitos s vezes totalmente diversos dos nossos, como os ribeirinhos amazonenses ou os criadores de serpentes da antiga Taprobana, ex-Ceilo e hoje Sri Lanka. Como foi fascinante e delicioso navegar por todos esses cantos. Cada novo mar percorrido, cada nova enseada, estreito ou porto visitado tinha sempre um gosto especial de descoberta... Sim, pois, como dizia Cmara Cascudo, o mar no guarda os vestgios das quilhas que o atravessam. Cada marinheiro tem a iluso cordial do descobrimento. (CSAR, CMG (RM1) William Carmo. Laivos de memria. In: Revista de Villegagnon, Ano IV, n 4, 2009. p. 42-50. Texto adaptado) Assinale a opo em que o uso do acento grave, indicativo de crase, facultativo.
(ESCOLA NAVAL - 2016) Which is the correct option to complete the dialogue? What did John tell Mary last Saturday? John told __________ the day before.
(Esc. Naval - 2016) Which is the correct option to complete the excerpt below? The Legacy of Hartlepool Hall [] Where did you get this recipe for roast chicken, my dear? Quite delicious. Its the same thing we have every day, Daddy, replied Annabel. Is it really? It tastes quite different this week. Do you have a good cook at Hartlepool Hall, Edward? Is Mrs. Horton still there? But she __________ be. She __________ be dead by now. (TORDAY, Paul. The Legacy of Hartlepool Hall. London: Weidenfeld Nicolson, 2012.)
(g1 - col. naval 2016) Leia texto a seguir. Em 1682, foi criada a Companhia Geral do Comércio do Estado do Maranhão, com o objetivo de controlar os atritos entre fazendeiros e religiosos na disputa pelo trabalho indígena, mais barato que o africano, e incentivar a produção local... A companhia venderia aos habitantes do Maranhão produtos europeus, como azeite, vinho e tecidos, e deles compraria o que produzissem, como algodão, açúcar, madeira e as drogas do sertão, para comercializar na Europa. Também deveria fornecer à região quinhentos escravos por ano, uma fonte alternativa de mão de obra, diante da resistência jesuítica em permitir a escravidão de nativos. Os preços cobrados pela companhia, entretanto, eram abusivos, e ela não cumpria os acordos, como o fornecimento de escravos. VICENTINO, Claudio e DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. Editora Scipione, SP, 2010 p. 358. O texto acima descreve uma situação que colaborou para o acontecimento de um conflito, no período colonial brasileiro ocorrido na segunda metade do século XVII, que ficou conhecido como
(Esc. Naval - 2016) You can now edit and format your Google Docs by voice About six months ago, Google __________ voice typing for Google Docs on the web __________ you to dictate your text into a document. Today its taking this feature a step further by also allowing you to edit and format your text by voice, too. This __________ you can now say think like select all, align center, bold, got to end of line, or increase font size and Google Docs __________ and follow your commands. You can find a full list of available commands here []. (http://techcrunch.com//2016/02/2014/you-can-now-edit-and-format-your-goole-docs-by-voice/) Which is the correct way to complete the text below?
(Esc. Naval 2016) Based on the text below, answer the question. The Armel-Leftwich Visitor Center Welcome to the Armel-Leftwich Visitor Center of the United States Naval Academy. Visit the United States Naval Academy in Annapolis, MD to see where future officers are educated and trained. The Visitor Center is conveniently located inside USNA Gate 1 at the Annapolis harbor. Pedestrian entrances are on Prince George and Randall Streets. The Visitor Center provides guided historical tours for visitors, as well as groups. Anyone 18 or older must show a government-issued photo ID or original passport to enter USNA grounds. Visitor from the states of Minnesota, Illinois, Missouri, New Mexico and Washington are required to present a SECOND PHOTO ID. The Visitor Center is the first stop on a visit to the undergraduate college of the U.S. Navy and U.S. Marine Corps. Information specialists welcome visitors to view the 13-minute film, The Call to Serve, and to take a guided walking tour with a professional, certified guide. Admissions Information United States Naval Academy Admissions briefings, lasting approximately one hour, are held at 10:00a.m. and 2:00 p.m., Monday through Saturday, on the second deck of the Visitor Center. U.S. Naval Academy Museum The museums artifacts are displayed in galleries located on two floors in Preble Hall. The first floor is devoted to the exhibit entitled Leadership and Service: The History of the United States Navy and the Naval Academy. The famous Rogers Collection of antique ship models is the focus of the second floor exhibit. (Adapted from http://www.usnabsd.com/for-visitors) According to the text, which statement is correct?
(Esc. Naval 2016) Analise a figura abaixo. A figura acima mostra duas molas ideais idênticas presas a um bloco de massa me a dois suportes fixos. Esse bloco está apoiado sobre uma superfície horizontal sem atrito e oscila com amplitude Aem torno da posição de equilíbrio x = 0. Considere duas posições do bloco sobre o eixo x:e.Sendoeas respectivas velocidades do bloco nas posiçõese,a razão entre os módulos das velocidades,, é
(ESCOLA NAVAL -2016) Um tringulo inscrito em um crculo possui um lado de medidaoposto ao ngulo de 15. O produto do aptema do hexgono regular pelo aptema do tringulo equiltero inscritos nesse crculo igual a:
(ESCOLA NAVAL - 2016) Seja o quadrado ABCD de lado 2. Traa-se, com centro no ponto M, mdio do lado AB, uma semicircunferncia de raio 2 que intersecta os lados BC e AD, respectivamente, em E e F . A rea da superfcie externa semicircunferncia e que tambm interna ao quadrado, igual a Dado= 3